O Centro de Atendimento Veterinário Escolar (CAVE) da Escola Superior Agrária de Elvas (ESAE) do Instituto Politécnico de Portalegre em parceria com os alunos do 2º ano da disciplina de Análises Clínicas da licenciatura em Enfermagem Veterinária e do 1º ano do CTeSP em Cuidados Veterinários da ESAE promoveram “Abril – mês da desparasitação”, durante o qual foram apresentadas e desenvolvidas diferentes atividades, algumas das quais, centradas na comunidade local.

Durante este período, os alunos aplicaram um pequeno questionário com o objetivo de avaliar os hábitos e conhecimentos dos tutores sobre parasitas e zoonoses, aproveitando o contacto para promover a sensibilização para uma desparasitação responsável dos seus animais de companhia.


Qual a importância da desparasitação?

Os parasitas externos e internos invadem os animais de estimação, podendo causar não só desconforto e irritação, mas também algumas doenças.

Entre os parasitas externos mais comuns encontram-se as pulgas, as carraças, os mosquitos e os ácaros. As pulgas e as carraças são parasitas hematófagos (ou seja, alimentam-se de sangue) que, além de provocarem bastante incómodo a animais e humanos, podem causar problemas graves ao transmitirem agentes patogénicos, responsáveis por diferentes doenças, algumas das quais graves e até mortais, como a conhecida “febre da carraça”.  Os mosquitos, particularmente ativos ao anoitecer, quando picam os animais ou o Homem, podem transmitir doenças como a Leishmaniose e a Dirofilariose.

Em Portugal, as infestações por pulgas e carraças podem ocorrer durante todo o ano, com picos na primavera e no outono. Os mosquitos apresentam maior atividade entre abril e outubro. A proteção deve ser permanente e o ano inteiro, sendo fundamental que todos os animais da casa estejam corretamente tratados. Para evitar novas infestações é importante a descontaminação do ambiente.

Existem muitos parasitas internos que afetam o aparelho digestivo do cão e gato, os mais comuns são os nemátodes (vulgarmente designados por lombrigas) e os céstodes, também conhecidos por ténias. Os parasitas vivem, alimentam-se e reproduzem-se nos animais. Estes contaminam-se pela ingestão de formas infetantes, ovos e larvas, que se encontram no ambiente (contacto com terra ou fezes de animais) ou durante a gestação ou amamentação.

Inicialmente as infeções internas passam despercebidas, pois os animais não mostram qualquer sinal de doença. O impacto negativo na saúde dos cães e dos gatos é proporcional ao aumento diário da quantidade de parasitas. Além disso, os parasitas internos não constituem um perigo apenas para os animais de companhia, os seres humanos e outros animais coabitantes, podem também ser infetados. As crianças e as pessoas com sistema imunitário enfraquecido são as mais vulneráveis a infestações parasitárias

Todos os animais domésticos, mesmo aqueles que não passeiam na rua, devem ser desparasitados internamente. A desparasitação deve ser iniciada por volta das 4 semanas de vida e reforçada durante toda a vida do animal. Em adultos recomenda-se a desparasitação interna a cada três meses.

As zoonoses (doenças transmitidas ao Homem através de animais) são frequentes causadas por parasitas – daí a importância da desparasitação externa e interna. A utilização de produtos adequados com a frequência aconselhada, é importante na proteção dos animais e dos tutores. Existem diferentes produtos para tratar e prevenir a infestação e infeção dos parasitas externos e internos, de acordo com a espécie animal, idade, estilo de vida do seu animal, ou a zona em que vive. 

De forma a contribuir para um controlo dos parasitas intestinais e sua transmissão, é importante a responsabilização dos tutores, promovendo uma desparasitação responsável dos seus animais de companhia e apanhar sempre os dejetos dos cães na via pública (usar saco de plástico e deitar no contentor apropriado).

Informe-se connosco:
Centro de Atendimento Veterinário Escolar 
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