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Quartel do Trem

Pelo Despacho conjunto dos Ministérios da Defesa Nacional, das Finanças e da Educação, nº 221/99, de 31 de Dezembro de 1998, publicado na 2ª série do Diário da República nº 58/99, de 10 de Março, foi autorizada a reafectação do antigo Quartel do Trem para o Instituto Politécnico de Portalegre, para aí se instalar a Escola Superior Agrária de Elvas.


Nota histórica do Quartel do Trem

Entre os vários estabelecimentos militares contavam-se os de reparação, guarda e até fabrico de apetrechos e munições militares. Estes estabelecimentos tinham a designação comum de Tréns. Numa definição um pouco mais completa, diremos que eram armazéns para depósito e distribuição de material de guerra nos diversos pontos do país onde eram considerados necessários (...).
Os principais Trens do país eram os de Estremoz, Porto e Elvas. O da nossa cidade fica na actual Rua 14 de Janeiro, ao lado do antigo convento de S. Paulo. 

Embora tenham existido, seguramente, outros Tréns funcionando em instalações precárias, nomeadamente logo a seguir à Restauração, em 1642, numas casas compradas à Misericórdia, o novo Trem de Elvas, um magnífico edifício que ainda hoje pode ser apreciado pela sua peculiar arquitectura, começou a ser construído no ano de 1694, por determinação de D. Pedro II, na então Rua Nova de S. Martinho. Cerca de 21 anos mais tarde (1715) estava terminado sendo curioso referir que ficou com uma sala com cerca de 100 metros de comprimento e 7 de largura, que ocupava toda a frente do edifício e servia para guardar o diverso material de guerra à sua guarda. A espessura das paredes é de 3 metros. Além desta enorme sala tinha ainda oficinas de ferreiro com sete forjas, de serralheiro, de latoeiro e de carpinteiro (...). Tem treze janelas com suas guardas de ferro forjado, colocadas em 1716, sendo notável a sacada central, com esferas armilares e cruzes de Cristo.  

O Trém de Elvas foi extinto pela reorganização do Arsenal do Exército em 1868, conservando, porém, os armazéns e depósitos sob a designação de “Extinto Trem”. Dezoito anos mais tarde, em virtude da retirada para a capital dos poucos operários que ainda ali havia, passou o edifício a servir de Depósito de Artigos de Guerra da Praça. Ao fim e ao cabo as suas funções quase não mudaram. 
Juntamente com os operários, saiu do Trem uma cruz de prata de mais de quatro quilos e uma lâmpada igualmente de prata de quase seis quilos que tinham servido em tempo para o culto de Santa Bárbara e haviam pertencido ao Antigo Regimento de Artilharia 3. No mesmo ano foi também para Lisboa o estandarte real do Trem, que fora dávida de D. João V. 

Em 1902, volvidos mais de 16 anos, uma parte do rés-do-chão do Trem passou a servir de cavalariça, enquanto a outra servia de presídio militar. Mais recentemente albergou o Batalhão de Caçadores 8.
Entre 1989 e 1991 a cobertura de todo o edifício foi remodelada e, logo após o término desta intervenção, ainda em 1991, o Quartel foi desactivado, estando desde então apenas com um serviço de guarda.

 


 

 


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